Foi na junção da Epitácio com a Ruy Carneiro que vi alguns zumbis. Era um grupo de quatro, que andava meio perdido. Foi meu primeiro contato com um corredor, que, à distância, veio correndo para a minha direção, saltando com grande agilidade por entre os carros. Era uma mulher jovem e magra, usando um vestido que um dia foi rosa, mas agora, coberto de sangue, não era mais. Os outros três vinham atrás dela, mais lentos, enquanto ela me olhava fixamente, querendo minha carne.
Pensei em usar o 38, mas isso só chamaria mais atenção para a minha posição. Peguei o bastão de beisebol com as duas mãos, deixei a mochila no chão e avancei na direção dela. O poncho não adiantava contra corredores, porém, notei que os caminhantes que estavam com ela apenas começaram a vir na minha direção após ela correr e grunhir. Quando estava perto dela, dei um passo para a esquerda e aprontei a batida, como quem rebate uma bola de beisebol. Foi quase um Home Run. Esmaguei o rosto da desmorta com o bastão, fazendo a mandíbula voar longe enquanto a corredora caía como um saco, de costas, no chão ao meu lado. Levantei o bastão e acabei o serviço com mais uma batida no crânio enquanto os outros três zumbis vinham na minha direção.
Antes de eles chegarem, ainda tive tempo de pegar a mochila no chão e deixa-la em um local mais próximo de mim para, então, partir para cima deles. O primeiro, eu apenas derrubei, com uma bastonada no pescoço, quebrando a espinha. O segundo teve a face afundada pelo cacetete e o terceiro eu apenas deixei lá, vestindo o poncho novamente, ele me identificou como um deles e pronto, me ignorou completamente.
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