Todas as respostas estavam ali na própria praça. Quando cheguei no local deparei-me com cerca de dez sobreviventes que comiam cheese burgeres do McDonalds sentados calmamente. Quando me viram com um revólver na mão, a primeira reação foi a de auto-defesa. Um deles apontou uma pistola na minha direção.
_Larga a arma senão eu atiro.
_ Calma. Eu estou sozinho, não tem ninguém comigo. Vou guardar a arma e a gente conversa, ok?
_ Pastor Ernesto?
Olhei para o lado e reconheci Lucio, um jovem membro da igreja que veio me abraçar assim que me viu.
_ Nunca pensei que te veria de novo, pastor.
_ Nem eu, Lúcio... nem eu.
O homem que havia apontado a pistola para mim agora guardava a arma no coldre e vinha em minha direção com um sorriso no rosto.
_ Seja bem vindo, pastor. Este é o nosso pequeno bunker de sobrevivência.
Olhei em volta e havia nove pessoas. O líder, aquele homem que viera me cumprimentar, era Claudemir, um dos seguranças do shopping, o único armado dentro ali. Além dele e de Lúcio, havia o casal que eu vira pela câmera, Angélica e Marcos, uma repórter chamada Verônica, de uma TV local, uma enfermeira, Janaína e o velho de quem ela cuidava, Seu Marcos, Patrícia, cujo nome tinha tudo a ver com a personalidade e Alberto, um homem no auge de seus 40 anos, que tinha uma loja no shopping e que, agora, não tinha mais nada.
_ Quer um Mac? É só escolher o sabor...
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