Quando já estava a ponto de ceder, sem forças, consegui desvinciliar as pernas e empurra-lo para cima e para trás. Caído ele não oferecia muito risco. Lento, tentando se levantar, pude experimentar em sua cabeça a eficácia do machado na dizimação de zumbis. Uma batida vertical e a lâmina entrou até a altura do nariz, acabando de vez com o resto de sobrevida do bicho. O sangue podre cobriu minhas roupas, já imundas do sangue da minha mulher morta. Notei, então, uma grande dificuldade oferecida no manuseio do machado. Por causa de sua força, ele é eficaz contra um inimigo sozinho. Porém, em detrimento disso, contra uma manada, ele é uma arma fora de questão. Fiquei quase um minuto tentando tirar a lâmina enterrada no crânio do desmorto. Cercado por muitos deles, certamente eu já estaria morto. Em uma situação como a de agora, quando estou cercado por muitos desmortos, eu preferiria até lutar de mãos limpas.
Virei a delegacia de cabeça para baixo juntando coisas que poderiam ser úteis. Um celular com GPS, afinal, zumbis não alcançam satélites, uma pistola Glock, aquelas de plástico, que não são identificadas no detector de metais. Parece 9 mm, mas, como não conheço armas, terei que pesquisar. Munição, um revólver 38, um 44, mais munição, dois cacetetes, um colete a prova de balas (nunca se sabe que humanos loucos eu vou encontrar pela frente), dois teasers e spray de pimenta. Precisava descobrir se funcionava contra zumbis. Tudo isso dentro de uma mochila que ia nas minhas costas, levando todas essas coisas.
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