sábado, 25 de junho de 2011

Livro 2 - Capítulo 5

Na vida comum era assim. Os maiores problemas que enfrentei em empresas por onde passei foram os problemas de convívio. Não era o trabalho em si, mas lidar com o ser humano e suas particularidades. Gente tentando te passar a perna, gente tentando ter vantagem diante de situações adversas, outros querendo se aproveitar da sua simplicidade. Quando digo que não existe muita diferença entre o que era o mundo antes e o que é agora, não estou exagerando. Continuamos todos fugindo de servir de alimento para os outros.

Rafael tinha um plano. Encheu uma Kombi com itens de primeira necessidade antes da insurreição começar no hipermercado. O carro abastecido estava separado em um lugar seguro, perto da saída de emergência que eles tinham determinado. Chamou duas pessoas de confiança, que sabia que seriam pontas firmes e saiu do mercado. Segundo contou, foi um verdadeiro tiroteio, com os zumbis cercando a saída e com os outros sobreviventes tentando impedir a saída deles. O último contato que eu tive com ele, naqueles dias, mostrou que estava indo para algum lugar no sul, provavelmente Florianópolis.

_ É uma ilha. É bastante seguro.

Depois, silêncio.

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