Diante da fé de Lúcio, me senti ridículo. Era a segunda vez que demonstrava insegurança diante de uma situação que eu deveria ser a pessoa que mais tinha controle ali. Orei com Lúcio enquanto Renata cobria nossa retaguarda e Claudemir chorava. Quando terminei, levantei.
_ Lúcio, eu poderia tentar extirpar seu braço, mas já faz tempo que aconteceu o ferimento, então, não acredito que vá te causar algo mais que dor e tristeza.
_ Eu já estou sentindo a coisa correndo dentro de mim.
_ Eu sei que você não quer que eu te mate. Eu vou respeitar sua vontade, mas não podemos deixar que você volte para dentro do shopping. Você entende?
_ Entendo.
_ Eu garanto que vou voltar aqui para te matar quando você renascer.
_ Entendo pastor.
Saí da sala enquanto Lúcio chorava.
Não aguentei.
_ Lúcio. Eu menti.
Apontei a pistola para a cabeça dele e atirei. Um tiro certeiro, no meio do cérebro. A parede atrás dele recebeu os respingos de sangue e massa encefálica. Abaixei a arma. Saímos em silêncio. Claudemir sabia que o que eu fizera era o certo.
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