segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Livro 3 - Capítulo 23

Era noite, madrugada. No relógio de Claudemir, duas da manhã. Havia um sereno leve na avenida e um ventinho fresco que batia. Para mim, que vinha do sul, aquilo não era frio. Para eles, era gelado. Nos reunimos da forma como pudemos perto da saída. Eu falei.

_ Vamos sair daqui todos juntos, de uma vez. Eu e Claudemir vamos começar carregando seu Marcos. Depois, o Marcos de Angélica e o Alberto assumem. Todos vão carregar bastões, facões ou alguma arma, entendido? Nada de tiros, pois isso os atrai. Vamos juntos. Ninguém se afasta, ninguém corre, todos vão andando. Se conseguirmos caminhar com tranquilidade, chegaremos à estação de energia em mais ou menos uma hora e meia. Lá dentro, vamos procurar um lugar para ficar, depois, vamos limpar o lugar e transforma-lo em nossa casa. Alguém tem alguma pergunta? Não. Ótimo, então vamos.

_ Peguem o que for essencial. Depois formamos equipes de busca para pegar o que faltar. A priore, apenas o que é essencial.

Cada um fez sua mala e em quinze minutos éramos um grupo armado de excursão. Claudemir carregava seu martelo e uma pistola 9 mm. Eu levava o 38, a glock, o facão e um rifle que tínhamos pegado na delegacia. Renata com um bastão de beisebol, a shotgun e uma pistola, 9 mm também. Angélica levava um dos cacetetes enquanto Marcos, seu esposo, levava um 38. Verônica levava o outro cacetete e Janaína ficava monitorando o seu Marcos. Patrícia estava com um taco de golfe e um 38 e Alberto levava uma carabina e um facão. Além disso, todos tínhamos mochilas com os víveres que pudéssemos levar. Nas malas de todos, comida, roupas, tudo o que podíamos carregar.

_ Vou sentir falta de comer hamburger todo dia, disse Marcos.

_ Que nada... já estava ficando gordo, viu? Vai ser bom mudar a dieta, respondeu Angélica.

Eu e Claudemir carregávamos a maca de seu Marcos enquanto os outros iam a nossa volta. A ordem era matar qualquer desmorto que aparecesse, tirar do caminho qualquer obstáculo. Não tínhamos tempo a perder. Se não chegássemos à saída o mais rápido possível o andar estaria infestado e nós não sairíamos dali.

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