quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Livro 3 - Capítulo 21

_ Ernesto, precisamos de você na praça de alimentação.

Fomos correndo para a praça de alimentação. No vão livre das escadas rolantes, que haviamos destruído, uma surpresa. Aleatoriamente os zumbis haviam formado uma pilha e amontoavam-se uns sobre os outros. Os que estavam mais altos começavam a tocar os dedos podres no beiral do piso.

_ Quando foi que começou?

_ Não sabemos. O Claudemir que viu isso agora há pouco.

_ Se eles estão fazendo aqui, isso quer dizer que podem estar fazendo em outros lugares também.

Enquanto eu falava isso, um grito ecoou de um dos corredores. Era Patrícia, que devia estar em alguma loja experimentando roupas.

Corremos armados na direção do grito. Quando chegamos em uma grande loja de departamentos vimos os primeiros desmortos saindo de lá de dentro. Puxei o facão. Nos corredores havia espaço o bastante para conseguirmos mata-los sem gastar balas. Claudemir usava um martelo e Alberto e Marcos, que viera correndo e chegara antes, os bastões de beisebol.

Haviam uns quinze zumbis entre nós e a multidão de frente para o provador. Eles forçavam as paredes de madeira enquanto Patricia gritava de terror lá dentro. Abri caminho entre um homem vestido com um terno finíssimo e uma menina de doze anos que não tinha metade do rosto e tinha parte do cérebro exposto. a massa era amarelada, com pontos pretos, como que atrofiados. Nada parecido com o aspecto que eu imaginava ter um cérebro saudável, que eu via rosado nas fotos. Desci o facão sobre a cabeça do homem enquanto Claudemir cravava o martelo naquele pedaço de massa exposta da menininha. corri para os provadores quando senti mãos pegando meu pé e me derrubando.

Era um homem gordo de meia idade e meio corpo. de entre suas costelas surgiam seus órgãos internos e ele tentava se esticar para me pegar. Eu tentava me desvincilhar dele e o chutei com a bota, amassando os ossos de sua face com tanta força que chegou no cérebro. Eu o havia matado aos chutes e, para terminar, levantei o pé e desci o calcanhar com força sobre a nuca.

Ainda sentado vi Marcos lutando contra uma mulher que tentava lhe morder. Ela não tinha os olhos. Com o facão ainda na mão, golpeei na canela dela, quebrando um dos ossos e desequilibrando-a. Ela caiu sobre uma arara e Marcos a golpeou com força. os miolos se espalharam sobre as camisas masculinas.

_ Fico te devendo mais essa Ernesto.

Ele me levantou a tempo de eu ver os desmortos subindo pela escada rolante da loja, que tinha dois andares. Dentro do provador Patrícia ainda agonizava. Não sabíamos se ela havia sido mordida ou não, mas tínhamos que tentar salva-la. Cada vez mais haveriam mais desmortos chegando ao andar em que estávamos. Eles haviam conseguido escalar uma pilha de zumbis acabaram chegando até nós. Para eles era hora do banquete, para mim, hora de ir embora dali.

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