quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Livro 4 - Capítulo 11


O shopping parecia estar em uma daquelas promoções especiais, com descontos absurdos. Cercado de pessoas, com as portas abarrotadas, parecia véspera de dia das mães ou natal. Os corredores intransitáveis, as lojas cheias, o inferno na terra. Porém, na época, para aplacar a sanha voraz dos que nos cercavam, bastava usar o cartão de crédito. Agora, só um tiro na cabeça resolvia nossos problemas.

Troquei o revólver pela carabina que Patrícia estava carregando. As balas 38 serviam ali também, e o pente era maior. O rifle 38 Garand M-1 era uma das armas que a Polícia Militar brasileira usava sempre como segunda opção, por ser uma carabina semiautomática, que acabou sendo substituída por submetralhadoras e armas do tipo. Com uma mira telescópica poderia facilitar muito o trabalho de alguém que quer ficar de tocaia matando zumbis. Era antiga, dura, mas ainda dava um caldo em muita arma nova que havia no mercado.

Empunhei a arma e atirei contra um dos desmortos que estava na minha frente. Muito mais estável que a Glock e tão eficaz quanto. Decidi que aquela seria minha arma primária a partir de então. Fácil de encontrar munição, fácil de limpar e lubrificar, fácil de empunhar. A arma perfeita para efetuar um massacre.

Um massacre que, de longe, eu via acontecer no estacionamento do shopping enquanto corria naquela direção. Via Renata atirando em zumbis com sua 12. Enquanto estavam caídos, Claudemir e Alberto cortavam ou perfuravam as cabeças deles. Porém, mais e mais zumbis chegavam perto da maca de Marcos enquanto Janaína tentava mante-lo seguro com um bastão de beisebol.

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