Peguei Marcos pelo ombro. Ele estava meio desacordado,
ainda sentindo o efeito do anestésico que Janaína havia ministrado. A meta era
sair pelo estacionamento, pegar a rua lateral do shopping, descer a paralela do
Retão de Manaíra até perto da praia e parar no prédio onde Renata morava,
subindo até o segundo andar e trancando os sobreviventes lá até a chegada do
segundo grupo. Não podíamos ter baixas naquela operação. Em pouco tempo, coisa
demais havia acontecido, e parecia que cada vez que pensávamos em sair, mais
gente nossa morria ou se feria.
Patrícia e Angélica foram adiante, dando cobertura para a
nossa saída. As duas na minha frente e do Marcos. Deixei as armas de fogo no
coldre e fui carregando o facão. Nossa missão tinha que ser o mais furtiva
possível, com o mínimo de zumbis notando nossa saída. Tínhamos que chegar ao
prédio de Renata, que ela já havia limpado e que deixara fechado para evitar
invasões.
Atravessamos o portão do estacionamento e parecia que todos
os zumbis da cidade já haviam confluído para o shopping Manaíra, que estava
cercado e cheio de desmortos. Seguimos pela rua lateral quando dois desmortos
nos viram e começaram sua sinfonia de gemidos. Outros ouviram o som e começaram
a se virar. Quando entramos na rua, cerca de vinte desmortos nos seguiam,
enquanto outros, ainda, começavam a se virar para ver a movimentação do lado de
fora do shopping. Nossa furtividade acabara ali.
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