terça-feira, 13 de setembro de 2011

Livro 4 - Capítulo 6


Peguei Marcos pelo ombro. Ele estava meio desacordado, ainda sentindo o efeito do anestésico que Janaína havia ministrado. A meta era sair pelo estacionamento, pegar a rua lateral do shopping, descer a paralela do Retão de Manaíra até perto da praia e parar no prédio onde Renata morava, subindo até o segundo andar e trancando os sobreviventes lá até a chegada do segundo grupo. Não podíamos ter baixas naquela operação. Em pouco tempo, coisa demais havia acontecido, e parecia que cada vez que pensávamos em sair, mais gente nossa morria ou se feria.

Patrícia e Angélica foram adiante, dando cobertura para a nossa saída. As duas na minha frente e do Marcos. Deixei as armas de fogo no coldre e fui carregando o facão. Nossa missão tinha que ser o mais furtiva possível, com o mínimo de zumbis notando nossa saída. Tínhamos que chegar ao prédio de Renata, que ela já havia limpado e que deixara fechado para evitar invasões.

Atravessamos o portão do estacionamento e parecia que todos os zumbis da cidade já haviam confluído para o shopping Manaíra, que estava cercado e cheio de desmortos. Seguimos pela rua lateral quando dois desmortos nos viram e começaram sua sinfonia de gemidos. Outros ouviram o som e começaram a se virar. Quando entramos na rua, cerca de vinte desmortos nos seguiam, enquanto outros, ainda, começavam a se virar para ver a movimentação do lado de fora do shopping. Nossa furtividade acabara ali.

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